sábado, 28 de junho de 2008

Don'y Worry Be Happy

Da janela eu consigo enxergar o que tem dentro de mim. Da janela do carro; passam tantas vidas, tantas infelicidades, tantas coisas medíocres, coisas excitantes, motivantes... tanta vida. Mas na janela que dá pra mim eu só vejo ...nada. Nada. Hoje: nada.
Da janela do quarto eu vejo que preciso chorar, eu preciso correr. Eu preciso fugir. Ainda não descobri de que. Quem sabe da infelicidade.
Ainda resta cor no fim do dia...
(É amiga, como eu queria que você estivesse aqui- como esteve a dois anos atrás.)
Mas nessas janelas eu só consigo enxergar algo em comum. Futuro. E eu só penso em fugir.
Eu nego todo e qualquer acesso a esse mundo que não é meu. Eu nego a angústia.
Eu quero meus prazeres de volta. Eu não quero estar aqui, não queria postar, nem queria brigar, nem quero conversar, nem quero estudar, nem quero comer. Eu não quero nada.
Eu quero retorno. Eu me quero de volta.
Eu me quero por toda, por tudo. Me quero chata, maciva, repetitiva, tola, feia estranha, idiota, diferente, masculina sensível. Assim inteiramente como eu fui.
Por que agora eu não sou mais nada. Ou sou tudo aquilo que não pedi pra ser.

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